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sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Cirurgia da Obesidade I

Criei este blog na intenção de falar sobre a minha preparação, pré e pós operação bariátrica.
Mas o que é essa operação? Como ela é feita?
Através do site da Patthy (minha musa, rsrs) eu acessei o site
e encontrei um material muito bom sobre a cirurgia,
vou postar aqui alguma coisa e se alguém se interessar em saber mais, é só acessar o site.
Talvez eu tenha que dividir em dois ou mais posts para não ficar tão cansativa a leitura.




Quando, apesar do tratamento clínico bem orientado e levado a sério por anos, o paciente não emagrecer o suficiente atingindo IMC ³ 40, ele será classificado com obeso mórbido. Nessa situação existe um problema sério. O paciente, provavelmente, estará apresentando dificuldade em sua locomoção por falta de ar, dor nos joelhos, depressão, etc., e irá se isolar em casa. Na condição de isolado, permanecerá sentado ou deitado por muito mais tempo do que antes, e alimentando-se muito mais, também. Ocorre, então, um aumento ainda maior da ingesta alimentar e enorme diminuição da atividade física. O peso continua aumentando rapidamente e, a partir desse momento, o tratamento clínico se torna muito mais difícil e as comorbidades crescem proporcionalmente ao peso.Nesses casos há indicação de uma cirurgia que reduza a ingesta alimentar, diminuindo realmente o peso do paciente.Trata-se da Cirurgia Bariátrica (baros em grego = peso).Atualmente indicamos essa cirurgia para obesos com IMC ³ 40 ou, acima de 35 com 2 ou mais comorbidades associadas.Como já foi dito, no Brasil há 1 milhão de obesos mórbidos e 10.000 já foram operados. Os Estados Unidos é o país que adquiriu a maior experiência em cirurgia bariátrica. No ano de 2.000 foram realizadas no país 40.000 cirurgias/ano e, estima-se que no ano de 2.002, esse total atinja 75.000 cirurgias/ano. Somando-se todas as cirurgias realizadas na Europa nesse mesmo ano 2.000 chegamos a um total de 8.000.
Obs Em 2005 foram realizados nos Estados Unidos 120 mil cirurgias bariatricas enquanto no Brasil foram realizadas ai redor de 30 mil , sendo que o Brasil é o segundo país no mundo em volume de cirurgias bariatricasPodemos concluir, então, que a experiência americana é a grande referencia mundial.




A primeira cirurgia bariátrica no mundo foi realizada em 1952, nessa cirurgia foi retirado um grande segmento do intestino de um paciente. Os resultados não foram bons e devido à intensa diarréia, cirrose hepática e desnutrição, essa técnica foi abandonada.

Em 1959 foi tentado um bypass no intestino: o alimento ao invés de percorrer todos os 12 metros de intestino, passava só por 2,5 metros devido a um “atalho” feito cirurgicamente. No Bypass se criava um atalho no trajeto intestinal porém sem retirar nenhum segmento de intestino do paciente. Isso garantia a reversibilidade da cirurgia.Essa técnica foi introduzida no Brasil pelo Dr. Salomão Chaib e utilizada por 10 anos com resultado emagrecedor. Foi abandonada devido às diarréias, desnutrição, cirrose hepática, cálculos renais e na vesícula biliar, gases de odor fétido, etc., que provocava.

O intestino tem 12 metros e é composto por 2 partes. Os primeiros 10 metros constituem o intestino delgado (fino), que tem a função de absorver os nutrientes ingeridos na refeição, como proteínas, gorduras, carboidratos, vitaminas, e outros. Os últimos 2 metros constituem o intestino grosso, também chamado de colon, cuja função é a absorção de água.

O intestino delgado é formado pelo jejuno e o íleo. O jejuno tem 5 metros e é seguido pelo íleo que também possui 5 metros.
Obs Trabalhos recentes mostram que algumas pessoas tem intestino delgado curto . Aceita-se hoje que o intestino delgado pode variar entre 3 e 10 m.

O Bypass jejunoileal do tipo A consiste em construir um novo circuito para a passagem dos alimentos, que ao invés de usar os 5 metros de jejuno, os 5 metros de íleo e os 2 metros de colon, passa a utilizar apenas 35 cm de jejuno, 15 cm de íleo e todo o colon. Em outras palavras ao invés da comida passar por 12 metros de intestino, a comida passa por 2,5 metros de intestino reduzindo em 80% a capacidade de absorção intestinal.

O Bypass jejunoileal do tipo B utiliza 15 cm de jejuno, 35 cm de íleo e todo o colon. Esse foi o tipo preferido por causar menos diarréia.

A alça cega (pedaço de intestino por onde não passam alimentos) que permanece no corpo do paciente também favorece a proliferação bacteriana, causando distensão abdominal, flatus fétido e dores articulares, já que a bacteremia gera imunocomplexos que causam artrites.

Como já foi dito, essas cirurgias por Bypass jejunoileal do tipo A e B foram abandonada devido aos seus efeitos colaterais já descritos acima.

Essas técnicas são denominadas dissabsortivas pois impedem que o alimento percorra todo o tubo digestivo, diminuindo a área de absorção intestinal.

Atualmente existem 2 técnicas dissabsortivas. São elas:

a) Técnica de Nicola Scopinaro, onde o alimento passa por um estômago reduzido cirurgicamente (com capacidade para 400 ml) e cai diretamente no intestino delgado, percorrendo apenas 2 metros de íleo e neste local recebe o suco bileopancreático. A mistura alimento + suco bileopancreático percorre mais 50 cm e desemboca no intestino grosso.

Com técnica o paciente come o quanto quiser. Não é colocado nenhum tipo de anel ou outra restrição à passagem do alimento. Ocorre má absorção de gorduras pois a mistura alimento + bile ocorre em apenas 50 cm de intestino. Isto causa freqüentemente a diarréia após qualquer ingestão gordurosa, e acaba por produzir distúrbios como desidratação, anemia, desnutrição protéica, etc.. Os pacientes precisam fazer exames de sangue com freqüência e passar em consulta com especialista periodicamente para acompanhamento clínico e reposição constante de proteínas, ferro, vitamina B12, etc.. Essa cirurgia emagrece muito, aliás é a cirurgia que promove a maior perda de peso (50% ou mais), mas só deve ser realizada no paciente escarescido , muito colaborador , que tenha condições financeiras e que se comprometa a visitar seu médico com frequencia eternamente. Dentre outras complicações pode causar a cirrose no fígado e provocar gases de odor extremamente desagradáveis. É uma técnica muito apreciada na Europa, onde a dieta é principalmente protéica (Os europeus não gostam tanto de gorduras quanto os americanos).

b) Técnica de Duodenal Switch, em que o alimento passa por um estômago reduzido cirurgicamente sendo mantida a válvula natural (piloro). Ocorre assim um fenômeno restritivo à passagem do alimento. Esse alimento percorre 2 metros de ileo onde recebe o suco bileopancreático. A mistura percorre 100 cm e desemboca no intestino grosso . Essa cirurgia tem um fator limitante `a ingesta alimentar (piloro) logo o paciente come menos que o paciente que tem a cirurgia de Scopinaro . Essa cirurgia provoca menos dissabsorção que a de Scopinaro pois tem um canal comum maior , e o paciente tem menos alteração metabólica e menor produção de gases fétidos.Talvez o Duodenal Switch substitua a cirurgia de Scopinaro como a cirurgia dissabsortiva do futuro

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